O Que É Clean Code? Descubra Como Essa Prática Pode Te Ajudar

Agilize a produção de softwares!

Se você já se aventurou pelo mundo da programação, com certeza já deve ter se perguntado o que é Clean Code. Afinal, esse é um termo bastante comentado, sobretudo por conta de quem o cunhou.

“Clean Code” vem do livro Clean Code: A Handbook of Agile Software Craftsmanship, do autor Robert C. Martin. Ele é um dos co-autores do Manifesto Ágil, que define valores e princípios para uma metodologia específica de desenvolvimento de software.

Por ser uma postura buscada por muitas empresas, a metodologia ágil de desenvolvimento está bastante presente no dia a dia de programadores. Com isso, o Clean Code também faz parte de muitas discussões.

Neste artigo, você saberá:

  • o que é Clean Code e por que você deve aprender como usar?
  • o que é um código ruim?
  • o que é um código limpo?
  • como escrever um código limpo?

O que é Clean Code e por que você deve aprender como usar?

Para responder o que é Clean Code, é preciso voltar a algumas premissas do desenvolvimento de softwares. A mais relevante é que uma aplicação nunca estará completamente finalizada e, por isso, diversos programadores deverão alterá-la e melhorá-la ao longo do tempo.

Dessa forma, um código que não foi desenvolvido de maneira limpa — seguindo os preceitos do Clean Code — acaba ficando obsoleto. Afinal, se as pessoas que precisam editar aquele software não conseguem entender o que está escrito, como a melhoria poderá ser aplicada?

Assim, a prática do Clean Code busca criar códigos:

  • limpos;
  • testáveis;
  • fáceis de ler, compreender, modificar e manusear.

Por mais que um código ruim — ou seja, um que foi escrito sem os preceitos do Clean Code — possa funcionar, o trabalho de qualquer equipe de desenvolvimento para buscar corrigir erros, implementar atualizações ou até mesmo estudar certo software acaba sendo exponencialmente aumentado.

Para esclarecer melhor a questão, vamos entender qual a diferença entre um código ruim e um código limpo. Confira!

O que é um código ruim?

Um código ruim ou sujo é qualquer código que gere obstáculos desnecessários e atrasos no trabalho de desenvolvedores.

Normalmente, segundo Robert C. Martin, esses códigos são escritos na pressa e sem atenção a erros menores. Assim, todos esses problemas passam para a versão final do software e, no momento da manutenção ou atualização, acabam sendo um problema bem maior.

O que é um código limpo?

O aspecto principal para definir o que é Clean Code no desenvolvimento de um software é que o código seja legível. Além disso, simplicidade e funcionalidade também são características importantes.

Uma dica importante para verificar a legibilidade do seu código é fazer pausas entre o desenvolvimento. Esse tempo pode ser de algumas horas ou até de semanas, a depender do que a data de entrega do projeto permitir.

Aqui, o que importa é que você deve voltar para o código já tendo “esquecido” dele, para verificar se consegue entendê-lo. Se não conseguir, quer dizer que ele precisa ser repensado. Mas, se compreender, parabéns! Você acertou o que é Clean Code.

O Que É Clean Code? Descubra Como Essa Prática Pode Te Ajudar

Como escrever um código limpo?

Para aplicar as boas práticas do Clean Code, você deve sempre ter em mente que o seu código será lido por outra e que ela precisa entender o que foi escrito.

Para te ajudar a entender melhor o que é Clean Code e como usá-lo, conheça estes sete pilares da filosofia do código limpo:

1. Nomes claros e objetivos

Todos os componentes do código devem ter nomes autoexplicativos e que sejam claros no que designam. Isso significa pensar nos nomes de:

  • variáveis;
  • métodos;
  • parâmetros;
  • classes;
  • funções;
  • diretórios;
  • branchs do controle de versão;
  • projetos;
  • objetos, etc.

Existem dois preceitos básicos para isso: a nomenclatura deve deixar claro o propósito daquele componente e devem ser passíveis de busca. Então, nada de abreviações, siglas ou outros tipos de nome. Qualquer desenvolvedor que acessar o seu código deve ser capaz de buscar o que deseja ver.

2. Padronizar o código

Códigos padronizados são mais fáceis de entender por seguirem uma lógica, especialmente quando é desenvolvido por mais de uma pessoa.

Um exemplo disso é usar letras maiúsculas ou minúsculas na nomenclatura de maneira uniforme. Entre as variáveis “nomePessoa”, “NomePessoa” e “nomepessoa”, deve-se escolher apenas uma para o código inteiro.

3. Programe em blocos

A programação em blocos torna seu código amigável visualmente. Aqui, o objetivo é pensar de maneira bastante geral sobre a programação, como se o sistema funcionasse como um quebra-cabeça.

Assim, cada comando seria uma peça e, com várias dessas, teríamos um bloco de código que faria o programa funcionar ou, ao menos, desempenhar certa ação.

Isso, além de tornar o código mais acessível para outras pessoas, também educa seu cérebro a trabalhar com a lógica de programação para desenvolver algoritmos mais assertivos.

4. Evite muitas repetições no código

Esse princípio também é conhecido como DRY (“Don’t Repeat Yourself”, ou não se repita). Funções com muitas linhas ou sequências de muitos “ifs” — condições para que a função ocorra — podem gerar ambiguidade.

Se esse tipo de elemento está muito presente no seu código, pode ser um bom momento para rever a função.

5. Tome cuidado com os comentários no código

Apesar dos comentários parecerem de grande ajuda para que outras pessoas entendam o código, eles podem se tornar obsoletos depois de muitas atualizações, já que as funcionalidades mudam e, com isso, o que foi desenvolvido também.

Comentários devem, portanto, serem utilizados apenas quando estritamente necessário e também atualizados. Se o seu código precisa de muitas explicações para outros desenvolvedores lerem, talvez ele não esteja dentro de o que é Clean Code, certo?

6. Trate erros

Mesmo erros menores não podem passar durante o desenvolvimento. Essas falhas, se acumuladas, podem gerar interrupções totais no software, o que prejudica os resultados de qualquer empresa.

Por isso, é sempre necessário cuidar dos erros detectados o mais rápido possível.

7.  Execute testes limpos

Testes são parte do cotidiano de qualquer desenvolvedor. Afinal, é preciso ter certeza de que a aplicação está funcionando corretamente.

Testes limpos são:

  • rápidos: como é um processo repetitivo para cada nova adição ao código, ele precisa ser ágil;
  • independente: testar qualquer parte da aplicação não pode impactar o sistema inteiro;
  • passíveis de validação: isso significa que o teste precisa retornar respostas true or false, sendo bastante objetivo;
  • pontuais: muitas vezes, recomenda-se que os testes sejam escritos antes mesmo do código, para que ocorram pontualmente.

Seguindo esses direcionamentos, você consegue entender o que é Clean Code e aplicar aos seus próprios projetos. Desse modo, garante-se que qualquer aplicação que desenvolver consiga receber contribuições e atualizações de outros desenvolvedores sem grandes problemas.

Agora que você já sabe o que é Clean Code e quais seus princípios, que tal colocar o que aprendeu em prática com a melhor linguagem de programação para sites? Assim, você não só treina uma nova maneira de lidar com seus códigos, mas também conhece mais um pouco sobre desenvolvimento web!

Lívia Bentini
Lívia Bentini é redatora da Agência Mestre. Adora escrever e acredita que compartilhar conteúdo de valor enriquece as trocas entre o público e uma marca. Sempre quer aprender coisas novas e adora o seu trabalho, porque ele o coloca frente a vários assuntos diferentes. Fora da vida profissional, ela gosta de estar em contato com a natureza, conversar sobre a vida e conhecer novos lugares.